Rota do Azibo

A rota faz-se pelas encostas a Este do rio Azibo, contornando uma parte daquilo que é hoje a Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo, que surgiu na década de 80 aquando da construção da barragem que deu lugar ao reservatório de água para consumo humano e regadio agrícola.

O rio Azibo finaliza o seu curso de 50 km no concelho de Macedo de Cavaleiros, no rio Sabor, que leva depois as suas águas até ao Douro.

Os 410 hectares de extensão de Albufeira são compostos por três linhas de água: rio Azibo, ribeiras do Azibeiro e do Reguengo. Uma área em que se gera uma interessante mistura de flora mediterrânica e atlântica, sendo possível observar uma mistura de carvalho-português, castanheiros, oliveiras, vinhas e algumas das melhores zonas de sobral do Norte de Portugal. Um mosaico diversificado e valioso que se encontra parcialmente protegido pela Rede Natura 2000 (sítio de 'Morais').

A estrada de Podence a Santa Combinha dá acesso ao cais e a duas das melhores praias fluviais de Portugal, referenciadas pela sua qualidade ambiental e acessibilidade, em especial a Praia da Fraga da Pegada, que recebe o nome do afloramento de metavulcanitos ali presente, um dos geossítios referenciados dentro do Geoparque Terra de Cavaleiros, bem como outros que também se incluem na rota proposta (depressão de Salselas).

Depois de atravessar o rio Azibo, o percurso permite observar os usos agropecuários tradicionais desta zona, que criaram uma paisagem harmoniosa, salpicada de construções tradicionais como pombais e outras mais peculiares como antigos fornos para o fabrico de telhas, produção de cal ou cerâmica, entre outros. Hoje em desuso e embora, infelizmente, em bastante mau estado, a rota permite localizar pelo menos dois deles.

A proximidade ao valor patrimonial e cultural que as localidades conferem a este espaço protegido encontra uma das suas referências no Museu Rural de Salselas, com uma coleção etnográfica notável que permite conhecer os usos e costumes relacionados com o trabalho diário e os dias festivos, amenizados com as danças dos 'pauliteiros de Salselas' que mantêm até hoje a sua tradição graças à associação existente.

O trajeto circular, depois de percorrer as localidades vizinhas no sentido proposto, permite regressar, contornando os tranquilos meandros da albufeira, onde uma fauna abundante, diversificada e muito valiosa encontra tranquilidade e alimento. Sendo uma, as águias reais e outras espécies protegidas e endémicas de valor inegável, deve ser destacada como sendo uma das áreas mais importantes do Nordeste Transmontano devido à sua avifauna aquática, com o Mergulhão-de-crista, símbolo da paisagem protegida, fruto da diversificação de biótopos propiciados pela naturalização da albufeira.

Recomendações

A rota começa à entrada da aldeia de Santa Combinha, seguindo durante cerca de dois km pelo Caminho do Serro até pouco depois de atravessar o rio Azibo. Um breve trajeto linear que conduz ao início do caminho que pode ser realizado em sentido circular. A rota proposta passa pela Paisagem Protegida da Albufeira do Azibo e sobrepõe-se, em diferentes momentos, à sinalização de outras preexistentes na zona, tais como: Trilho Quercus, Trilho Fornos Antigos e outros percursos BTT.

Tipo de circuito
Circular
Dificuldade
Média
Distância
13,65 Kms
Δ Altitude
0 Mtrs
MIDE

Perfis