A Faia d’Água Alta

Em pleno Parque Natural do Douro Internacional, na freguesia de Bemposta, inicia-se esta rota onde é possível descobrir um interessante património, cultural e etnográfico, em paralelo, com um ambiente indicado para desfrutar de espetaculares paisagens do desfiladeiro formado pelo rio Douro, o maior e mais profundo da Península Ibérica que, dentro do território da Meseta Ibérica, marca a fronteira, e ao mesmo tempo é o elo de ligação entre os dois países ibéricos.

A rota tem início na aldeia, na Capela de Santo Cristo, atravessando-a até chegar à Igreja e, muito perto desta, o miradouro de Santa Bárbara, onde é possível observar vestígios do seu passado histórico (ruínas do castelo de Oleiros) e, acima de tudo, magníficas paisagens sobre os campos de cultivo de oliveiras, vinhas e árvores de fruto, com as Arribes del Duero ao fundo.

Deixando a aldeia para seguir o caminho sinalizado como PR (PR4 MGD, com marcas a amarelo e vermelho que se encontram pintadas nas rochas e muros) em direção ao enclave que dá nome a esta rota, a “Faia d’Água Alta”, uma das cascatas mais impressionantes de Portugal que resulta, como outras que existem na RBTMI, dos profundos desfiladeiros e declives escavados pelos rios neste território.

O caminho desce até ao riacho ou ribeira de Bemposta, afluente do Douro, permitindo imediatamente vislumbrar o vale e a própria cascata, sendo possível observar azinheiras, zimbros, amendoeiras e oliveiras (cultivados em socalcos com muros nos pontos das encostas com maior declive), acompanhados de matagal mediterrânico (alfazemas, estevas, giestas...) e vegetação ribeirinha nos pontos mais próximos da água.

Para chegar à Faia atravesse o riacho por uma ponte de madeira e comece a subir por um caminho estreito protegido com corrimão de madeira e cordas. Até metade da subida terá a oportunidade de observar de perto a cascata da parte de baixo. Trata-se de uma queda de água (cerca de 60 metros de altura e 10 metros de largura) que forma o riacho de Algoso, poucos metros antes de juntar as suas águas com as de Bemposta. Daqui retome o caminho definido para subir até um miradouro, do qual também é possível ver a cascata para depois seguir um trilho que vai dar a Lamoso, onde se segue o caminho de regresso a Bemposta, por uma antiga calçada romana que conserva, em grande parte, o pavimento em pedra , bem como uma ponte de origem romana.

Recomendações

Rota circular que coincide com o PR4 MGD Trilho da Faia d’Água Alta do concelho de Mogadouro. Começa em Bemposta, mas também se pode fazer partindo de Lamoso. Pode-se optar pela variante, de fazer apenas o percurso linear a partir de qualquer uma das duas aldeias até ao ponto mais emblemático da rota, a Faia d’Água Alta. A melhor época para observar a cascata é entre novembro e abril, quando a cascata tem mais caudal. É especialmente impressionante em anos chuvosos.

Atravessa o Parque Natural do Douro Internacional e uma zona de proteção ZPE, pelo que devem ser respeitadas as condições estabelecidas no plano de ordenamento POPNDI.

Tipo de circuito
Circular
Dificuldade
Fácil
Distância
8,53 Kms
Δ Altitude
0 Mtrs
MIDE

Perfis